REBELDIA

Ontem alguns alunos da Escola Antonio Lemos promoveram um grande manifesto nos portões da escola. A revindicação do alunado era quanto a obrigatoriedade do uso do uniforme. A direção da escola está exigindo que os alunos usem a camisa da escola, calça tergal azul e sapato preto ou preto e branco.

A escola ao longo deste início de ano letivo vem tentando fazer cumprir seu regimento interno, porém está encontrando uma resistência muito grande dos alunos. Esse processo vem sendo negociado com alunos, pais, Conselho Tutelar e URE. Há duas semanas o Conselho Tutelar esteve na escola conversando com os alunos sobre o tema.

O real problema é que em virtude de gestões pusilâmines nos últimos anos, levou o CEAL a um estado de quase completa anomia. Quando um quadro social se encontra neste estado, não é fácil tentar retornar ao estado de ordem, a convulsão social é normal nesses caso como aconteceu, foi um movimento forte e contundente o dos alunos que se recusam usar o uniforme oficial da escola, preferem ir de calça jeans e sandálias.

A irmã Josefa, atual diretora da escola, assumiu a direção há dois anos e aos poucos vai tentando trazer o CEAL para um estado de ordem e disciplina, não é fácil, é preciso ter pulso firme e determinação. Alunos uniformizados é o primeiro passo para a disciplina e organização da escola.

Vejo no que aconteceu ontem no CEAL o prelúdio do que deve acontecer na cidade, se um prefeito de coragem conquistar a prefeitura, imaginem retirar os feirantes das ruas da feira. Na feira impera a completa anomia, cada barraqueiro fica onde quer, até na rua, se um prefeito quiser por ordem naquela bagunça, vai enfrentar o mesmo problema que a irmão Josefa está enfrentando a frente do CEAL.

No fim da manhã a irmã conversou com uma comissão dos estudantes, a freira foi irredutível, não abriu mão da calça tergal, porém flexibilizou o uso do sapato até o fim deste mês.

O Conselho Tutelar deveria verificar, porque o dinheiro do Bolsa Família não está sendo usado para a compra do material escolar dos alunos, muitos dos que ainda não tem o uniforme, são beneficiários do programa social.