INDICAÇÃO

Estava ontem abstraindo sobre a natureza da indicação política, é bom ou ruim ter seu nome indicado para um cargo político ? Cheguei a uma resposta com base em minhas observações ao longo de minha vida na política, trata-se de puro empirismo, apenas um exercício de abstração.

Devemos entender como princípio que a suficiência técnica nunca bastante para alguém ocupar um cargo, mais vale um bom padrinho.

Com base na afirmação acima discorro minha tese, porém, antes observo qu sei ser este blog lido por muitas pessoas que militam na política, esta postagem é para elas.

Defendo que há dois tipos de indicação política, a que denominarei INDICAÇÃO DE BAIXO PARA CIMA (IBC) e  INDICAÇÃO DE CIMA PARA BAIXO (ICB).

A IBC consiste em o pleiteante disponibilizar seu nome a uma liderança política de grau inferior, em relação a força política para gantir a vaga, que por meio de uma liderança política de grau intermediário na relação de força contacta a liderança política com a força para garantir a indicação.

Já a ICB é o simétrico caminho oposto, aquele que tem a força para garantir a indicação procura o intermediário para que este procure a liderança inferior e o incuba de preencher o espaço.

É claro que estas formas apresentam previsíveis variações como  ser indicado direto daquele que garante a vaga o que normalmente sedá no 1º escalão do governo e até no 2ª, daí para frente começam a aparacer os intermediários.

Concluo que só é vantajoso disponibilizar o nome para a indicação se for na ICB. Na IBC quase sempre ocorre frustração para o indicado o que lhe gera um desgaste tão grande quanto desnecessário.


Volto a defender esta tese amanhã, já preciso sair de novo, hoje está difícil de atualizar o blog, voltei a dar aula e o tempo mingou-se. Desculpem-me!